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O "mensalão" do Geraldo Alckmin
Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:O governador Geraldo Alckmin declarou na quarta-feira (5) que o deputado deputado Roque Barbiere (PTB) tem o "dever público" de apontar nomes, e que "o governo do estado fará sua própria apuração". Para isso ocorrer, porém, a administração paulista "só precisa de um caso concreto".
No momento em que se divulgam os primeiros nomes de deputados, cujos partidos apoiam o governador tucano, Geraldo Alckmin rapidamente mudou o tom do discurso. Agora, o governo atribui as acusações do deputado a disputas eleitorais. Barbiere é pré-candidato à prefeitura da cidade de Birigui (SP), a 516 quilômetros a noroeste da capital, em 2012 e inimigo político do atual prefeito, que é do PMDB e próximo ao PT.
O deputado Roque Barbiere (PTB) é o pivô da crise instalada na Assembleia de São Paulo. Ele denunciou um esquema de venda de 25% e 30% das emendas ao orçamento. Barbieri também disse que a indicação de recursos normalmente vai para locais onde os deputados não possuem base eleitoral, o que pode ser um indício do "comércio" ilegal de emendas.
Um caso concreto que emergiu envolve o ex-deputado José Bruno (DEM), segundo revelou o Jornal da Tarde. que destinou uma emenda parlamentar no valor de R$ 100 mil para uma entidade da cidade de Nhandeara (SP), na região de Birigui. Fabrício Marcolino, apontado como responsável pela articulação da emenda, é acusado por um ex-assessor do político de entregar “um maço de notas de R$ 100” ao democrata como forma de pagamento por uma emenda em 2009.
Em depoimento à Corregedoria-Geral da Administração (CGA), ligado à Casa Civil, uma testemunha não identificada teria relatado um diálogo em que Fabrício, ao entregar nas mãos do deputado um maço de dinheiro, anunciava que ali estava a emenda.
Ainda segundo o jornal, os R$ 100 mil repassados do orçamento tinham como destino a Sociedade Protetora da Criança e Adolescente de Nhandeara, para cobertura de uma quadra. Também à coorregedoria, um ex-assessor de José Bruno teria mencionado que a comissão cobrada era de, "no mínimo", 30%. O nome de Fabrício também havia sido citado na ocasião.
Atualmente no cargo de presidente do PTN de São José do Rio Preto (SP), Fabrício Marcolino foi vereador e vice-prefeito de Nhandeara e já trabalhou da Assembleia Legislativa entre 1993 e 1995, com o ex-deputado Israel Zecker (PTB). Ouvido pelo jornal, ele atribuiu o escândalo a uma briga entre igrejas, pela saída de José Bruno da Renascer.
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