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GOVERNO NÃO VAI PROIBIR CESÁREAS - UMA DISCUSSÃO
No guest post da P. narrando sua péssima experiência de trabalho durante a Copa do Mundo, surgiu uma discussão muito interessante na caixa de comentários. Normal: este é um lugar de debates, e os jornais haviam acabado de dar a notícia das novas regras do governo para que a saúde privada reduza o número de cesarianas. Uma notícia que mexe diretamente com muitas mulheres que têm planos particulares e pretendem ser mães. Como todo mundo que lê este bloguinho sabe, eu nunca quis engravidar e fui muito bem sucedida nesta minha vontade. Não sou mãe, e por isso não me sinto confortável para falar sobre partos e maternidade. Mas, óbvio, também tenho minhas opiniões.
O Brasil é o país recordista em cesarianas no mundo. É um escândalo: quase 56% de todos os partos aqui são por via cirúrgica, quando a Organização Mundial da Saúde recomenda que este porcentual não passe dos 15% (ou seja, cesárea só quando é necessário mesmo). No SUS, as cesarianas correspondem a 40% dos partos. Na rede privada, o número pula pra 85%! Logicamente que não existe uma epidemia brasileira causando problemas pré-natais que exijam partos cirúrgicos. É cultural. Muitas mulheres aprendem que a dor do parto normal é insustentável, que a vagina nunca mais será a mesma... E há a questão financeira. Para um médico, time is money. Fazer um parto normal pode levar horas. Com cesária, ele agenda. Só que isso não é legal nem saudável, e é importante que o Ministério da Saúde lute contra uma prática cultural que não traz benefícios pra ninguém. A "cultura da cesária" é tão forte no país, principalmente na rede particular, que uma gestante que queira ter parto normal (e nem estou falando de parto natural) tem dificuldades em encontrar um médico no seu plano de saúde que aceite fazer esse parto. Minha cunhada teve que passar por oito médicos antes de encontrar um com mentalidade de parto humanizado. Um deles disse a ela: "Você só precisa se preocupar com enxoval do bebê; o resto, deixa comigo". É contra essa ideia de que "o parto não pertence à mulher" que as ativistas maternas lutam. É por mais informação, menos mitos, mais escolhas (porque qual escolha você realmente tem num universo em que 85% dos partos são através de cesáreas?). O caso Adelir é um sintoma dessa falta de escolha. Informação, portanto, é a palavra-chave. Pelo que vi, as novas regras do governo visam que os planos de saúde deem mais informações às pacientes, fornecendo o histórico do médico e partogramas (documentos com registros do trabalho de parto). A ideia é incentivar que cesáreas sejam realizadas apenas quando necessárias, não proibi-las Já pedi a algumas mulheres que escrevam um guest post sobre isso, e separei um dos comentários mais completos na caixa para publicação em breve. Neste post de hoje, selecionei alguns trechos de comentários (muitos dos quais discordo) para que vocês possam debater. Os comentários não assinados, a maioria, são de leitoras anônimas. Para aquelas que se identificaram, incluí o nome no final. Lembro apenas que o combate à cultura da cesária é contra um sistema que demoniza o parto normal, não contra uma gestante que opta por fazer cesárea. Sério, tem diferença! O feminismo que eu e tanta gente defende luta contra sistemas de opressão, sistemas que proíbem escolhas, não contra escolhas individuais. Boa discussão!
"Esse novo projeto dos partos me parece um lobo disfarçado de cordeiro! Pelo que eu entendi, os planos de saúde têm o direito de cobrir APENAS cesáreas necessárias podendo de recusar no caso das eletivas. Ora, isso é uma castração da autonomia da mulher! Concordo que deve ser conversado, esclarecido a respeito das opções e tudo, mas não acho justo forçar mulheres que não te dinheiro pra pagar particular a ter um parto normal! Pois é isso que vai acontecer! Por favor, como usuária de plano de saúde e tendo consciência do preço de uma cesárea particular, isso me apavora!"
"Você tá preocupada com quem quer fazer cesária? Moça, se informe sobre essa cirurgia. Eu tô preocupada com quem sofre para conseguir um parto normal, que é muito mais saudável, mas ninguém quer atender porque 'demora e dá trabalho'. Honestamente, cesária não deve ser uma 'escolha', deve ser uma indicação real numa situação de perigo. Ninguém escolhe uma amputação sem indicação médica real. 'Não, tô com medo da dor de tratar essa unha encravada: amputa logo essa perna, Doutô!'
A cesária tem que ser o último recurso, não mais uma 'escolha da mulher'."
"O corpo é DA MULHER, o bebê está DENTRO DA MULHER, quem vai passar pelo parto é A MULHER então é A MULHER GESTANTE quem deve dar a palavra final se não houver obstáculo médico para realização do procedimento. Tanto normal quanto cesárea. O corpo feminino não é público, é privado."
"Tenho duas amigas que quase morreram pois no SUS não quiseram fazer a cesárea. Uma delas, teve a bexiga perfurada no processo com o fórceps utilizado depois de mais de 18 horas de trabalho de parto. Ela ficou dois meses na UTI, entre a vida e a morte, o filho foi amamentado por uma irmã. Anos depois, qdo ela engravidou novamente (corajosa!) escolheu logo de cara a cesárea. Sabemos da importância do parto normal, mas mais que isso, o parto tem que ser humanizado, seja normal ou cesárea, e que seja sobretudo uma escolha da mulher e ponto! Medo desta nova lei." (Zrs)
"Eu leio muito sobre o assunto, e olha, depois de ler e conversar com deus e o mundo, quero cesárea. E não é medo da dor durante o parto não. O medo é a recuperação. Um corta a barriga, mas o outro, rasga a vagina. RASGA. Prefiro ponto na barriga que na vagina. Pois na barriga depois ninguém mexe mais. E fora que parto vaginal depois deixa o períneo largo SIM! Tanto que estou na França e depois que tem parto normal fazem 10 sessões para fechar o períneo."
"Nunca vi ninguém ser tão desinformada como vc. Você deve estar lendo só revista bem leiga pra estar dizendo tamanha sandice. Em cesariana se corta SETE camadas de pele! Sete!Você e o bebê tem três vezes mais risco de morrer no parto! Para quem falou ai q já viu a filha da vizinha da comadre da fulana ter problema em parto normal, já vi muitos bebês irem pra UTI pq o médico agendou a cesarea e o bebê nasceu prematuro (ultrassom NÃO é 100% confiável quando fala que vc está na 38a semana, por exemplo). Parto normal que é defendido é o parto natural, sem ocitocina sintética, com respeito ao protagonismo da mulher, esperando o tempo do organismo dela para ter o bebê e com alternativas não-farmacológicas para alívio da dor. Em MUITOS casos não há sequer laceração do períneo e mesmo quando há, ela é infinitamente mais fácil de cicatrizar do que quando cortam sete camadas da sua barriga! Dicas de sites confiáveis para estudar sobre o assunto: cientistaqueviroumãe e estudamelaniaestuda."
"Parto normal rasga a vagina HAHAHHAHAH Cesária pelo medo da recuperação do parto?? Oh, I've got bad news for you."
"Sabe o que vai acabar com esta nova regulamentação da ANS? Cesareas agendadas (não serão mais pagas)! Logo...acabou boa vida de médico cesarista que gosta de agendar 10 cesarianas para antes do feriado para não correr risco de alguma grávida interromper seu feriado. CHORAAA classe médica!"
"Concordo que a mulher deve ser a protagonista do seu parto e a principal a ser ouvida na escolha do tipo de parto. Atualmente não e o que acontece. As mulheres são submetidas a partos normais sem acompanhamento do trabalho de parto e com violência obstétrica em muitos hospitais do SUS e influenciadas a realizarem uma cesárea por conveniência médica ou institucional nos hospitais privados. |
Partograma a ser preenchido |
Não achei que a lei restringe a autonomia da mulher. Os princípios da nova lei são a informação da mulher sobre tipos de parto, o que aumenta a autonomia da mulher para uma escolha consciente, a obrigatoriedade do preenchimento dos dados da gestação no cartão da gestante, o que auxilia na avaliação do risco gestacional, importante para a saúde da mulher e bebê, além de possibilitar que essa mulher possa discutir os dados da gestação com outros profissionais, caso não confie no seguimento do seu pré-natal, e o último critério da lei e a obrigatoriedade do preenchimento do partograma durante o trabalho de parto, o que obriga o acompanhamento de todo o trabalho de parto, reduzindo complicações, intervenções desnecessárias e pode se constituir em documento importante para essa mulher em caso de complicações, descasos, violência obstétrica, etc. Levando em consideração que a maioria das mulheres não são informadas sobre tipos de parto, os riscos da cesariana, como por exemplo maior risco de infecções, hemorragias, prematuridade, etc acho que a lei, apesar de não ser perfeita, contribui mais com a autonomia e empoderamento da mulher do que prejudica."
"Gente, vocês estão MUITO equivocadas em relação a nova regulamentação da ANS para partos. Em momento algum falam que não vai ter mais parto cesárea. Falaram que o médico vai ter que entregar o partograma, explicando TUDO, todos os motivos que o levaram a fazer uma cesariana... E que a cesariana só vai poder ser feita após início do trabalho de parto, que é fundamental para o bebê e para a mãe. A mulher deve ter liberdade total para saber se quer ter filho, por qual via o terá, mas é DEVER do médico não submetê-la a uma cirurgia desnecessária (cesariana é cirurgia e oferece risco três vezes maior à mulher!)." (Lívia)
"Acho que essa lei nova do partograma ajuda a mulher a ter mais controle da sua ficha médica. Não vejo em como informação pode tirar a autonomia de mulher nenhuma. Tive um parto ótimo com um bom atendimento e acredito de coração que qualquer mulher deveria ter o direito a uma orientação adequada e apoio para viver plenamente o nascimento de um filho, da maneira mais natural possível. Quando bem vivido um parto normal é uma experiência maravilhosa, muito edificante, traz uma conexão muito forte e imediata com o bebê, com o feminino e com si mesma.
Não condeno a cesariana sem real indicação médica, mas essa decisão tem que partir da mulher depois de informação e reflexão. Todas as pessoas têm seus limites e tudo bem, o que não podemos aceitar é uma cirurgia desnecessária que coloca mães e bebês em risco por conveniência médica. Eu acredito que grávidas bem atendidas num parto normal (incluindo, por exemplo, um bom curso de preparação) não irão se arrepender.
Assistam o documentário O Renascimento do Parto. É muito esclarecedor."
"Amigas, pode até ser que aconteçam lacerações em parto normal, mas no MEU caso, tive dois e não levei NENHUM ponto, minha vagina não alargou, pelo contrário... A primeira relação depois dos partos parecia que eu era virgem novamente. Não falem besteira, esse negócio de que parto vai obrigatoriamente te arregaçar é mito."
"Em outros países não tem isso não de "tô com medo, vou fazer césares pelo plano". É normal, fia. Minha cunhada parou na Espanha e não teve opção de fazer césares pq estava tudo normal. Eu sou medrosa e ainda bem que posso pagar césarea particular, pq não sou uma vaca parideira e não estamos mais no século XV."
"Anon da 'vaca parideira': obrigada. Vacas são lindas e úteis. Ainda bem que elas existem. Agora quanto a parto normal, pari em 3 horas, não fiquei arregaçada, não levou mil anos pra cicatrizar e se fico 6 meses sem dar, pulo na frente de um trem. Agora, uns anos depois, quando tive que extrair um ovário (cirurgia de médio porte praticamente igual a cesárea, corta as mesas camadas de pele), fiquei com dor, sangrei que nem uma fdp, fiquei 3 meses sem poder comer carne de porco e 2 meses sem poder transar." (Raven)
"Ninguém está PROIBINDO a mulher de fazer cesárea. Eles estão apenas DECIDINDO por pagar APENAS as que forem NECESSÁRIAS. Não tô vendo nenhum absurdo. Aliás, tô batendo palmas.
Quer colocar seu medo/trauma/problema psicológico do parto normal como justificativa médica? Beleza. Vê se um psiquiatra atesta isso." (Vbfri)
"A vagina é elástica, ela é feita totalmente de músculos e pode se dilatar e contrair de novo. O problema de rasgo no períneo se deve à posição deitada, que é conveniente pro médico mas péssima pra mulher. Quando a mulher dá à luz deitada, ela tem que fazer força contra a gravidade, pressiona vasos sanguíneos importantes. As melhores posições pras mulheres parirem são na vertical, de cócoras ou sentada, nessa posição a gravidade ajuda, não precisa empurrar a barriga, o parto é mais rápido e o períneo não rasga. Ah, e a imobilidade a que a mulher é submetida no parto hospitalar tbm não é bom. A mulher tem que andar e fazer muito movimento pq isso ajuda o bebê a se encaixar na pelve e agiliza o processo. Ou seja, o parto dito normal é feito de forma toda errada, contando só o que é mais confortável pro médico, a saúde da mulher e do bebê são ignoradas -- a mesma coisa que acontece quando o doutor marca a cesárea com 38 semanas, abre sete camadas de pele, gordura, músculo, carne, e tira um bebê do útero direto pra UTI neonatal pq a criança não está madura e não consegue respirar. De qualquer maneira que se olhe, o parto no Brasil é desvalorizado e feito da forma errada, mas não dá pra culpar a natureza. Ela não pretendia que as mulheres fossem obrigadas a parir nas piores posições e condições pra conveniência dos médicos mal informados e desatualizados. O seu antagonismo pode não ser com o parto normal em si, mas no modo totalmente errado como ele é conduzido por aqui. Minha mãe teve três partos normais e uma cesárea. Ela diz que quer parir mais três de parto normal, mas não quer fazer cesárea nunca mais. Prefere a dor do parto, onde o moleque saiu a dor acabou e no mesmo dia voltou com os bebês pra casa, do que ficar semanas imóvel, sem poder fazer nada em casa sem sentir dor, sem andar direito e mal conseguindo segurar os filhos. Então sem essa de que mulher não é 'vaca parideira' como se parir fosse uma vergonha, coisa de primitivo, digno de desprezo, um insulto a ser usado contra as mulheres que não se renderam ao modo 'superior' e cirúrgico de ter filho."
"O plano vai fazer de TUDO para não ter que pagar a cesárea, óbvio, dessa forma teremos vários médicos com experiência zero em normal rasgando mulheres com fórceps. É o que acontecerá. A mulher, como sempre, pagará o pato.
Engraçado que defender a 'natureza' só vale para parto e para a mulher, né? Para todo o resto utilizamos o bom e velho cultural, a boa e recente tecnologia." (Zrs)
"Gente! Ninguém vai obrigar mulheres a ter parto normal na saúde privada! Donde vocês tiraram isso? Isso não existe na saúde privada brasileira! O que existe é o contrário! Vocês aqui que estão falando que agora vão obrigar as mulheres que querem cesárea a fazer o parto normal parecem os coxinhas que fantasiam sobre uma ditaduza gayzista, ditadura feminazi, que os homens cis héteros estão sendo oprimidos, racismo inverso e etc! obrigação de parto normal no sistema privado não existeee! O que existe são mulheres querendo o parto normal e que NÃO CONSEGUEM porque há manipulação dos médicos! as que querem cesárea vão continuar fazendo-as tranquilamente como sempre sonharam! basta que o médico continue inventando as desculpas que sempre inventou para justificar o pagamento da cesárea pelo plano! FIM!"
"A ESCOLHA É DA GESTANTE. Ponto final Não é do plano de saúde
Não é do governo
Não é do GO (principalmente por ser a especialidade médica com a maior quantidade de gente escrota por metro quadrado)
Não é das ativistas do parto natural (que se dizem tão acima do resto da humanidade mas adoram usar termos como 'extração cirúrgica do bebê' e 'filho de anestesia' ao se referir às mulheres que não alcançaram o 'parto-encantado'). Nem da vizinha, do tio, marido avó, papagaio. É DA GESTANTE!" (Jane Doe)
"Sabia que a porcentagem de cesáreas nos planos de saúde é de 80%? E que, segundo uma entrevista feita ano passado, 67% das mulheres que usam o plano desejavam o parto normal? Não é estranho que apenas 20% tenha conseguido o que desejava? Ninguém vai coibir mulheres de ter as suas cesáreas, pode crer. Esta é a cultura no brasil, cultura esta muito apoiada pelos obstetras. O que está acontecendo é que as mulheres que querem o parto normal NÃO ESTÃO PODENDO FAZER ESTA ESCOLHA, entende?
As que querem -- e podem -- têm que pagar muito caro para conseguir, cerca de 5 mil reais. Entende agora? Ninguém está querendo TIRAR o direito da mulher de fazer a cesárea. Este direito já existe, apenas acontecerá de o plano de saúde não mais cobrir cesáreas eletivas, como já não costumam cobrir quaisquer cirurgias eletivas (como as com fins estéticos, por exemplo)."
"A cesárea NÃO É a grande vilã. A mãe que escolheu fazer uma cesárea eletiva NÃO é uma bruxa, NEM é menos mãe. Nem significa que as crianças nascidas assim vão crescer desequilibradas. Mas cesárea não é só um jeito de parir. É uma cirurgia com vários riscos, inclusive de morte materna, e que frequentemente leva bebês direto da sala de cirurgia pra UTI neonatal. Os problemas que os defensores das cesáreas mais citam no parto normal não é culpa do processo de parto propriamente dito, mas do jeito como ele é acompanhado e tratado pelos médicos no Brasil, todo errado do começo ao fim. Se quer fazer cesárea, faça. Mas custa ao menos esperar o trabalho de parto começar antes da cirurgia pra ter certeza que o bebê está pronto pra nascer? E tem defensor da cesárea aqui demonizando o parto normal também, dizendo que mulher não é 'vaca parideira', que parto normal causa mortes (césarea também, fofis, é uma cirurgia e cirurgia tem risco de morte), ou seja, cada uma dê sua opinião e respeite os outros. Nada de chamar a que fez cesárea de bruxa ou menos mãe, nem querer queimar essas mulheres na fogueira, e nada de chamar a que teve parto normal de vaca parideira, dizer que são umas irresponsáveis, umas burras que querem arriscar a vida do bebê, etc. Porque, gente, qualquer que seja a decisão que tome, a mulher vai ouvir groselha. Se escolher cesárea, é bruxa e menos mãe; se escolher parto normal, é burra e quer matar o bebê. Mulher não pode decidir NADA sem ter alguém disposto a jogar pedras nela, então vamos só dar nossas opiniões sem xingar e pronto."
"Essa lei privilegia empresas privadas em detrimento da AUTONOMIA da mulher a partir do momento que os planos n precisam pagar. Gente, planos negam cirurgias importantes por dinheiro, se a vontade de ter uma cesárea for considerada uma frescura de mulher ninguém vai poder escolher a via de parto se não tiver dinheiro pra pagar.
Defendo o parto natural, defendo a educação em saúde, mas outra lei limitando a autonomia corporal de mulheres e principalmente mulheres pobres, NÃO MUITO OBRIGADA!" (Tamires)
"Gente, sabe quando chega um mascuzão aqui questionando coisas básicas sobre o feminismo? Então, tá parecendo essa discussão sobre parto aqui no blog da Lola. Busquem informação, amigas, sério, isso aqui tá uma vergonha. Tem uma indústria inteira fazendo mulheres acreditarem que seus corpos não funcionam direito e que elas PRECISAM de um médico pra fazer algo que elas podem perfeitamente fazer sozinhas -- em condições de saúde íntegra, obviamente quando há complicações a cesárea é simplesmente a melhor coisa do mundo. Leiam relatos, reflitam."
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